Desenvolvido pela FUnATI, Nutri-fármaco é feito por meio de bioativos do guaraná e cacau
FOTOS: Divulgação/ FUnATI
Auxiliar na melhoria da nutrição e atenuar os sintomas clínicos da Doença de Parkinson, condição neurogenerativa que afeta milhões de pessoas em todo mundo. Esse é o foco do suplemento desenvolvido a partir da pesquisa “Desenvolvimento de nutri-fármaco nanoestruturado a partir da extração combinada da casca de cacau e guaraná para a atenuação de sintomas parkinsonianos”, da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI).
Desenvolvida pelo Centro de Pesquisa, Ensino e Desenvolvimento Tecnológico (Gerontec) da FUnATI, a iniciativa foi possível graças ao apoio da Samsung da Amazônia de acordo com a lei 8.837/91, tendo como Fundação de Apoio ao Hemoam Sangue Nativo – Manaus.
Chamado GuaCa, o suplemento é resultado de pesquisas que exploram os bioativos presentes no guaraná (Paullinia cupana) e na casca da semente do cacau (Theobroma cacao). Esses compostos demonstram potencial para reduzir o estresse oxidativo e a inflamação neuronal, fatores críticos no desenvolvimento da doença parkinsoniana.
De acordo com o reitor da FUnATI, Euler Ribeiro, a pesquisa envolve análises químicas detalhadas e estudos in vitro e in vivo, garantindo a eficácia e segurança do produto.
“Um dos diferenciais do projeto é a incorporação de nanotecnologia, que aumenta a absorção dos compostos ativos e potencializa seus efeitos terapêuticos”, afirma.
Além de sua relevância terapêutica, o projeto também promove soluções sustentáveis, aproveitando subprodutos agroindustriais da Amazônia e impulsionando a economia circular da região.
Até o momento, a iniciativa já resultou na redação de uma patente e publicações científicas internacionais, reforçando sua relevância no campo da neurociência e nutrição funcional.
Com a finalização dos estudos pré-clínicos, os pesquisadores planejam avançar para testes clínicos em pacientes, validando a eficácia do suplemento na prática. Além disso, há perspectivas para a continuidade do projeto, buscando aprimorar o protótipo e expandir os estudos clínicos para tornar o GuaCa uma alternativa viável e acessível no tratamento complementar da Doença de Parkinson.